Num esforço para implementar a soberania lusitana na região, em vista da rivalidade entre os impérios português e espanhol, a coroa portuguesa promoveu no século XVIII a imigração de colonos provenientes dos Açores e da Ilha de Madeira para a área da agora cidade do Rio Grande, iniciando a formação da Vila de São Pedro. Um povo muito católico, logo tratou de construir uma capela e, em 6 de agosto de 1736, em uma provisão da Diocese do Rio de Janeiro, foi criada aí a primeira Paróquia do atual território do Rio Grande do Sul. A cidade de Rio Grande foi fundada um ano depois, em 1737. O prédio da atual Catedral de São Pedro foi construído em 1755, sendo o mais antigo do Estado ainda em funcionamento. A princípio a paróquia pertencia à Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, passando a pertencer em sete de maio de 1848 à recém-criada Diocese de São Pedro do Rio Grande do Sul em Porto Alegre e em 15 de agosto de 1910 à Diocese de Pelotas. Em 1971, com a instalação da Diocese do Rio Grande, a Matriz é elevada à condição de Catedral e Dom Frederico Didonet designado seu primeiro bispo. Seus sucessores foram: Dom José Mário Stroeher, Dom Ricardo Hoepers e atualmente Dom Jorge Pierozan.
A Diocese é composta por 18 paróquias, distribuídas em um território composto por seis cidades, com uma população de 281 mil habitantes, distribuídas pela faixa litoral do Rio Grande do Sul, desde o extremo sul até o norte da Lagoa dos Patos. A maior cidade é Rio Grande, com 207 mil habitantes e 12 paróquias. Tem uma população de origem bem diversificada, devido à condição de porto de entrada do Estado, composta principalmente das etnias portuguesa e afro-brasileira, mas também com presença significativa de descendentes de alemães, italianos e poloneses.
A cidade do Rio Grande passou por períodos de prosperidade e de estagnação, sendo que na primeira metade do século XX chegou a ser a segunda cidade mais industrializada do país, atrás, somente, de São Paulo. Principal porto do Estado e um dos maiores do país foi sede da refinaria Ipiranga, primeira refinaria do Brasil, além de muitas indústrias de confecção, pesqueiras, fertilizantes, entre outras. Com a mudança do centro econômico do Estado para a cidade de Porto Alegre, perdeu muito de sua importância regional e riqueza. Nos últimos anos, voltou a apresentar um grande crescimento devido às atividades do Polo Naval.
Pe. Gil Thomas
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