Notícias - Diocese

Diocese divulga relatório da 36ª Assembleia Diocesana
08/12/2017

A Diocese do Rio Grande divulgou nesta sexta-feira, 8 de dezembro, o Relatório Geral da 36ª Assembleia Diocesana de Pastoral, ocorrida em 26 de novembro deste ano.

Leia na íntegra:


DIOCESE DO RIO GRANDE

36ª ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL

Crescer como discípulo de Jesus em sua Igreja

“Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi” (Jo 15,16)

 

RELATÓRIO GERAL DA 36ª ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL

Aos vinte e seis dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezessete se reuniram no teatro do Colégio Salesiano Leão XIII as lideranças, seminaristas, diáconos, sacerdotes, religiosos e religiosas, o Bispo Diocesano Dom Ricardo Hoepers e o Bispo Emérito Dom José Mário Stroeher para dar início às 8h30min a trigésima sexta edição da Assembleia Diocesana de Pastoral (ADP) presidida pelo Bispo Diocesano com o tema geral “Crescer como discípulo de Jesus em sua Igreja” e o lema “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi” (Jo 15,16), o mesmo do segundo ano do quinquênio em preparação ao Jubileu de Ouro da Diocese (2017-2021).

 

Acolhida e Oração Inicial

A assembleia se iniciou com a acolhida e credenciamento dos participantes às 8h30min.

O Coordenador de Pastoral Padre Nedir Piovesan acolhe os participantes fazendo uma breve comunicação sobre os acessos dos espaços, passa algumas orientações e chama a Srª Divany Acosta para conduzir a espiritualidade, baseada no texto do Evangelho “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14). Todos participantes da assembleia acenderam velas para fazerem suas preces. Com a entrada das imagens de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima, foi lembrado que neste ano celebramos os 300 anos da Padroeira do Brasil Aparecida e os 100 anos da Padroeira da Diocese Fátima. O foco da oração era a Iniciação a Vida Cristã, o Sínodo da Juventude que será no próximo ano e o Ano do Laicato. Ao final da oração Dom Ricardo deu a abertura oficial ao Ano do Laicato.

A Secretária de Pastoral Milena Estima chama os membros para compor a Mesa da Assembleia Diocesana, presidida pelo Bispo Dom Ricardo e composta pelo Bispo Emérito Dom José Mário Stroeher, Vigário Geral Pe. Gil Raul Pereira Júnior, Ecônomo Pe. Péterson Pedroso de Figueiredo, Coordenador de Pastoral Pe. Nedir Piovesan, Assessor do Setor Bíblico-Catequético Pe. Paulo Maia OFM e Coordenadora do Setor Bíblico-Catequético Srª Selviria Maria da Silva Moraes.

Dom Ricardo brevemente faz a acolhida oficial da ADP apresentando as áreas da Diocese, pedindo que os membros levantem enquanto canta com os músicos uma saudação.

 

Assessoria I – Dom Ricardo Hoepers

A primeira assessoria é iniciada pelo Bispo Dom Ricardo que dá um panorama parcial da diocese após as Visitas Pastorais Missionárias que está acontecendo nesse primeiro ano do quinquênio. Dom Ricardo fala que todo serviço da diocese deve ser para assistir as comunidades e paróquias. O Bispo traz números sobre a diocese: todos os organismos, estrutura organizacional da diocese e densidade populacional. Falou sobre os Conselhos e Comissões já constituídos e os que estão em andamento. Por ainda não ter concluído a Visita Pastoral Missionária (falta a Paróquia Sagrada Família – Cassino), Dom Ricardo explica que não fez nem uma análise, síntese ou conclusão sobre a Visita Pastoral Missionária, mas uma primeira reação, porém após uma análise científica irá escrever a primeira Carta Pastoral ao povo diocesano. Em primeiro lugar destacou que na diocese há “muito trabalho e pouca articulação” e a configuração das áreas constituídas atualmente não auxilia nessa articulação. Então em 2018 será criado um grupo de estudos para oferecer uma nova proposta de setorização, reorganizando a geografia da diocese, que se propõe para ser votada e aprovada em assembleia para 2021, ano do Jubileu de Ouro. Em segundo lugar a diocese apresenta “muita estrutura e pouca liderança” e a reação é a necessidade de missão permanente: Igreja em Saída. Em terceiro lugar, nossa realidade diocesana realiza muitos eventos e pouca formação (uma agenda cheia), mas um cristão com pouca informação. A resposta a essa constatação seria cursos permanentes que deverão ser implantados gradativamente ao longo do quinquênio.  

 

Assessoria II – Pe. Paulo Maia OFM

Pe. Paulo Maia inicia a assessoria sobre Iniciação à Vida Cristã. O padre explicita que a Igreja começou com a Iniciação a Vida Cristã, conforme relatou o Documento CNBB 107, texto para preparação dos participantes da ADP. Conforme documento o padre apresenta o encontro de Jesus com a Samaritana, primeira experiência de Iniciação a Vida Cristã. O padre fala que o caminho para a Iniciação a Vida Cristã que nossa diocese quer se inspirar é o catecumenato (que tem sua história relatada no Documento 107 CNBB). A iniciação cristã é uma exigência aos dias de hoje. Os leigos são os interlocutores que iluminam o mundo. A iniciação a vida cristã é onde vão surgir novas lideranças para a Igreja. Para entrar nas linhas da Iniciação a Cristã proposto no documento se cria o Projeto Diocesano de Iniciação à Vida Cristã sob a Inspiração do RICA (Ritual de Iniciação à Vida Cristã) – um eixo onde a diocese trabalhe no entorno. A formação do Projeto será construída em toda diocese. Para encerrar a assessoria Dom Ricardo apresenta um mapa da presença das comunidades católicas na Diocese e a presença de outras religiões, conforme preparado pelo Sr. Paulo Feijó.

 

Divisão dos Grupos de Trabalho (GT)

O Ir. Claudiano Tiecher fez a organização dos 12 Grupos de Trabalho (GT) da ADP que se dirigiram para os locais adequados para as discussões onde serão definidas as urgências da diocese. Os grupos tiveram uma hora de discussão.

 

Plenária da escolha das prioridades

Os grupos retornam de suas salas para o teatro que já está organizado setorizado por Grupos de Trabalho para a plenária conduzida pelo Ir. Claudiano. O Irmão explica o processo de escolha das prioridades e o uso dos cartões. Cada grupo elencou uma prioridade para diocese no próximo ano voltado para a iniciação cristã.

São elas:

GT1 Primeiro anúncio (P1)¹[1]

GT2 Material da Iniciação Cristã com inspiração catecumenal (P2)

GT3 Acolhida e acompanhamento (P3)

GT4 Formação Bíblico-litúrgica (P4)

GT5 Formação dos agentes de pastoral com inspiração catecumenal (P5)

GT6 Evangelização da família (P6)

GT7 Metodologia inovadora no acompanhamento de jovens e adolescentes (P7)

GT8 Crianças (P8)

GT9 Opção afetiva e efetiva as pessoas em sua realidade (P9)

GT10 Formação pessoal dos formadores (P10)

GT11 Evangelização das famílias junto à Pastoral Familiar (P11)

GT12 Retiro de primeiro anúncio a nível Paroquial (P12)

O GT1 faz uma adequação no seu texto de prioridade ficando escrito desta forma: (P1) “Primeiro Anúncio: Ir ao encontro das pessoas em situações que se encontram.”. O GT2 também faz uma adequação no texto ficando: (P2) “Processo comum de iniciação cristã em toda diocese”.

Os grupos dialogaram por dez minutos para escolherem das doze prioridades, três cada grupo, o que será falado no microfone pelo assessor do grupo na primeira rodada.

Para segunda sessão passam as mais votadas, em ordem de votação e passarão pelo consenso da Assembleia através do uso de cartões. Cada grupo tem três cartões: o verde para aprovação, o vermelho para rejeição e o amarelo se houverem dúvidas sobre a proposta.

A primeira mais votada foi a P3. O assessor do GT3 explica que o objetivo dessa prioridade é uma acolhida às pessoas novas que chegam na comunidade que às vezes são vistas como uma ameaça para as pessoas mais antigas. Em votação foi apresentado um cartão amarelo para acrescentar a inclusão da atenção aos grupos culturais e sociais da comunidade. A prioridade foi aprovada com as ressalvas por unanimidade pelos doze grupos.

A segunda prioridade aprovada foi a P5. O Pe. Raphael pede a palavra e explica que na P5 não pode ficar subentendido que é para todos os agentes pastorais. Em primeira votação surgem cartões amarelos. A primeira ressalva feita por Leonardo Estima é para que esta formação seja aberta para todas as forças vivas da diocese (citado setores como da juventude), e não uma formação fechada. A segunda ressalva feita pelo Diác. Nascimento é que as prioridades tirem da zona de conforto os missionários e invadam as famílias fazendo ações que cativem as crianças. Pe. Eduardo faz uma pergunta se a formação citada na P5 é relacionada com o SERDIFFÉ ou à parte e ressalta que as Escolas Bíblico-catequéticas trabalhadas nas comunidades é o caminho da formação. Márcio Bauer ressalva que o acompanhamento catequético deve ser a longo prazo, aproveitando a presença das pessoas que vão em busca de sacramento nas comunidades. Dom Ricardo responde as ressalvas explicando que estamos falando de âmbito diocesano, e que estas linhas e estratégias devem ser trabalhadas nos conselhos em níveis setoriais e paroquiais para atingir as comunidades. P5 com as ressalvas é aprovada por unanimidade pelos 12 GTs.

Irmão Claudiano suspende as votações para o intervalo do almoço.

 

Continuação da votação das prioridades

Ir. Claudiano coloca os três grupos que empataram no terceiro lugar dos grupos mais votados. O GT10 sugere que a P10 se una a P5 mantendo a ideia das estratégias. A proposta é aprovada por unanimidade pelos 12 GTs, assim se incorpora P10 na P5 já aprovada e desta forma sai da votação entre as três empatadas. Assim ficam P1 e P7 concorrendo como terceira prioridade.

O GT1 explica através de seu assessor a P1, colocando que deve-se continuar as missões já iniciada com a Visita Pastoral Missionária neste ano. O GT7 explica através de seu assessor que o P7 deve contemplar todas as forças adolescentes e jovens da diocese, por conta da provocação no grupo. Pe. Eduardo pergunta qual a diferença da metodologia para ser chamada de inovadora, em relação a P7. Leonardo explica que esta metodologia deve ser feita de forma diferente, utilizando novos recursos que contemplem aos adolescentes e jovens, não sendo específico para estes. Diác. Nascimento explica que a palavra inovadora é de extrema importância, pois devemos provocar algo diferente, com resultados diferentes.

Pe. Eduardo pede um exemplo de metodologia inovadora para P7. Leonardo explica que a inovação seria experiências a serem compartilhadas. GT10 fala que o inovador é o próprio Jesus Cristo. Pe. Paulo Maia diz que não podemos fugir do que pede o Documento 107. Os meios para se chegar que devem ser inovadores. Dom Ricardo lembra que o Sínodo dos Bispos em 2018 é sobre juventude, e nós também devemos trabalhar em cima do acompanhamento da juventude. Se sugere pela mesa que a P1 seja incorporada a P3. Vai a votação e um cartão amarelo do GT10 faz uma ressalva de mudança de texto evidenciando o primeiro anúncio no P3. A ressalva é acolhida por unanimidade pela Assembleia ficando a P3 desta forma: “Primeiro anúncio, acolhida e acompanhamento permanente.”

P7 vai para análise para inclusão como terceira prioridade. É feito uma ressalva pelo assessor Anderson Kucharski que os jovens devem ser acompanhados em suas comunidades após participarem dos movimentos, pois na maioria das vezes são esquecidos. Dom Ricardo pede uma mudança no texto da P7: “Acompanhamento de jovens e adolescentes com metodologia inovadora, articulada e experiencial.” Leonardo fala que o grupo está de acordo com a proposta do Bispo. Dom Ricardo ressalta que as comunidades estão vazias de jovens, enquanto há muitos jovens em movimentos, portanto há uma demanda urgente nas comunidades em acompanhar estes jovens e adolescentes para viverem a comunidade. Leonardo confirma que a proposta do Bispo vai ao encontro  do pensamento do grupo. É colocado em votação P7, mas há uma ressalva da Elisa Franz: se esse acompanhamento é pessoal o comunitário. Ir. Claudiano explica que as linhas de ação do G7 já contemplam o que foi ressaltado por Elisa.

Ir. Ariete fala que nos grupos se especificou que o acolhimento deveria ser para alguns grupos específicos mais urgentes e que isso deveria ser mais explicitado na P1. Ir. Claudiano explica que por serem linhas diocesanas esses grupos podem ser contemplados pelas linhas paroquiais e comunitárias através dos conselhos.

Após as votações e discussões foram aprovadas as três prioridades, seguem elas:

P1 “Primeiro anúncio, acolhida e acompanhamento permanente.”

P2 “Formação dos agentes de pastoral com inspiração catecumenal.”

P3 “Acompanhamento de jovens e adolescentes com metodologia inovadora, articulada e experiencial.”

 

Votação dos Regimentos

Padre Gil Raul apresentará os Regimentos da Diocese do Rio Grande para serem aprovados. Pe. Gil explica que a votação ocorrerá no mesmo sistema de cartões. A votação é feita após a leitura de cada capítulo dos regimentos, conforme o texto referência da ADP em mãos de todos presentes.

Regimento da Assembleia Diocesana de Pastoral

Capítulo I – Aprovado por unanimidade

Capítulo II – Ressalvas: Raquel Porto pergunta como será a representação dos grupos de jovens que não são parte do Setor Juventude. Dom Ricardo diz que deverão todos os grupos estarem no Setor Juventude para serem representados pelo mesmo na ADP. Semelhante, Leonardo pergunta pelas representações dos setores e áreas que não está explícita. É explicado que a representação acontece através do Conselho Diocesano de Pastoral. Após as ressalvas foi aprovado o Capítulo II.

 

Capítulo III – Ressalvas: Foi perguntado o que são as agendas. Se colocou que é a agenda colocada na pauta da assembleia que todos recebem em mãos. Se perguntou pela ata, como será aprovada e divulgada. Dom Ricardo diz que deverá ser enviado o relato para todas lideranças presentes e ficar no histórico da diocese. Após ressalvas foi aprovado o capítulo III.

 

Regimento do Conselho das Áreas Pastorais (CAP)

Capítulo I – Aprovado por unanimidade

Capítulo II – Aprovado por unanimidade

Capítulo III – Ressalva: Quanto a participação dos diáconos, onde eles se enquadram: Onde moram ou onde atuam? Dom Ricardo diz que deverá ser feita uma alteração no texto colocando “diácono da área”. Pe. Eduardo pergunta sobre a representação das paroquias, quem seriam essas pessoas? Dom Ricardo fala que a realidade deve ser levada em consideração. Márcio Bauer pergunta quantos membros do CAP vão para o CPD. Dom Ricardo fala que deverá ter dois representantes do CAP no CPD. Após as ressalvas é aprovado o Capítulo III pela ADP.

Capítulo IV – Ressalva: Onde deve ficar os arquivos do CAP? Dom Ricardo diz que fica a critério de cada área, porém em um lugar oficial. Sugestão: colocar no texto “o arquivo deve ficar na secretaria da paróquia do secretário da área.” Pe. Eduardo pede para trocar o nome do conselho se CAP para CPA, como uma uniformização do título Conselho de Pastoral (ex. Comunitário, Paroquial e Diocesano). Aprovado por unanimidade o Capítulo e todas ressalvas.

Capítulo V e VI – Ressalva: Pe. Gil pergunta se pode ser retirado o artigo VI, já que já é contemplado. Ir. Claudiano sugere que deve ser acrescentado quem vota e aprova os nomes às funções e que qualquer mudança deve ser feita na assembleia. Leonardo pergunta se não é excessivo o número de reuniões para as pessoas. Mas Dom Ricardo pede que se mantenha como está de forma que o Conselho tenha uma boa comunicação. Pe. Adriano pergunta pelo horário da reunião e o Bispo afirma que é um conselho de leigos e será adaptado ao horário que melhor contemple os participantes do conselho. Os capítulos V e VI  são aprovados por unanimidade com as ressalvas.

 

Comunicação dos Assuntos Econômicos – Pe. Péterson Pedroso de Figueiredo

Padre Péterson faz uma prestação de contas da Diocese explicitando os dados financeiros nos últimos dez meses.

 

Colocações do Bispo Dom Ricardo

Dom Ricardo começa suas colocações chamando os seminaristas da diocese. Apresenta o Eder Borges que está concluindo o curso de Teologia. Chama o Valdemar que vai para o quarto ano da Teologia. Chama também o Edenilson que vai ingressar no seminário, cursa História e será acompanhado por uma paróquia e também o Wendel que é oficializado como seminarista da diocese. A formação dos seminaristas agora será através de acompanhamento pelas paróquias. Dom Ricardo apresenta o Marlos que durante este ano fez o estágio de pastoral e agora está entrando no curso de Teologia.

O Bispo fala sobre as pessoas que vem falar em nome da Igreja dentro da Diocese, que devem sempre passar pela aprovação do Bispo Diocesano ou em sua ausência pelo Pe. Gil, Vigário Geral.

Ao concluir, Dom Ricardo convida os participantes da ADP a participarem da Celebração Eucarística na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora.

Dom Ricardo dá a Benção Final na Missa encerrando a 36ª Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese do Rio Grande.

 

Sendo estes os relatos da 36ª Assembleia Diocesana de Pastoral, a Coordenação de Pastoral dá por encerrada a presente ata aprovando-a.


[1] As siglas P1 a P12 não foram utilizadas na ADP, mas serão utilizadas neste relato para facilitar a compreensão das escolhas.