Notícias - Diocese

Campanha da Fraternidade começa hoje
14/02/2018
Amanhã (15) a Diocese do Rio Grande abre a Campanha da Fraternidade 2018 na região. O tema “Fraternidade e superação da violência” vai motivar um momento ecumênico, coordenado pelo Bispo Dom Ricardo Hoepers e palestras sobre temas relacionados à violência. O lema da CF 2018 destaca o Evangelho de Mateus, capítulo 23, versículo 28: “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,28).
O evento inicia às 19h30min no Centro Diocesano de Pastoral Cristo Ressuscitado, à Rua João Alfredo, 532, 2º andar. 

• MOMENTO ECUMÊNICO – CONIC – Conselho das Igrejas Cristãs;
• Palavra de Abertura de Dom Ricardo Hoepers, Bispo da Diocese do Rio Grande;
• “Fraternidade e a Superação da Violência” - Sra. Cândida Fonseca - Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Pelotas;
• “Violência contra as mulheres” - Sr. Delegado Regional Elione Luiz Lopez;
• “A violência urbana no Município do Rio Grande” - Major Leonardo Nunes do 6º Batalhão da Polícia Militar;
• Intervenções e complementos;
• Palavra Final de Dom Ricardo Hoepers;
• Encerramento: 21h30.

Resumo do Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2018
Tema: Fraternidade e superação da violência
Lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8)
Objetivo Geral: Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência.
Objetivos específicos:
- Anunciar a Boa Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal.
- Analisar as múltiplas formas de violência, considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas;
- Identificar o alcance da violência nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça em sintonia com o Ensino Social da Igreja.
- Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão
- Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas de superação da desigualdade social e da violência.
- Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência.
- Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência. Reflexões que podem iluminar o tema da CF 2018.
VER
Dividido em 3 eixos: histórico-antropológica, sócio estrutural e manifestações Violência e suas manifestações na sociedade
01 – A violência na convivência humana
a – Definição do conceito violência
b – A violência na história do Brasil
c – Constatação da cultura da negação do outro (fenômenos: individualismos, não abertura a alteridade; criação ideológica de necessidades e felicidade, enfraquecimento dos projetos de vida, cultura do descarte)
02 – A violência e as estruturas sociais
a – Economia/ mercado
b – Acumulação do capital
c – Consumo
d – Desigualdade e violência promovida pela lógica do mercado
e – Violação dos direitos fundamentais
03 – Violência e algumas manifestações na sociedade
a – Drogas
b – Processo de criminalização institucional (negligência do Estado em relação às políticas
sociais; justiça punitiva)
c – Sujeitos violentados: juventude pobre e negra; povos indígenas, mulheres (feminicídio);
exploração sexual e tráfico humano, mundo do trabalho
d – Violência no contexto urbano e rural (conflito pela terra)
e – Intolerância (raça, gênero e religião)
f – violência verbal
g – violência no trânsito
h – violência doméstica
JULGAR
Dividido em 2 eixos: Sagrada Escritura e Magistério
01 – Sagrada Escritura
Mt 23, 8: Vós sois todos irmãos!

Gn 2,4-25: Harmonia do Paraíso
Gn 3, 1-24: A violência fruto do pecado do homem
Gn 4, 1-16: A morte de Abel
Gn 20- 24: Ruptura da aliança: o mal que se espalha
Jn: Livro de Jonas: o profeta em meio a violência
Sl 122 (121): Pedido de paz para Jerusalém
Mc 7,14ss: A violência presente no coração do homem
Mt 16,1-4: O sinal de Jonas
Mt 5,9: As bem- aventuranças
Ap 21- 22: A nova Jerusalém
Outras citações: Complementos que não aparecem no texto-base da CF 2018.
Dt 21,5: Mas ela lhe disse: “Não, meu irmão! Não me faça essa violência. Não se faz uma coisa dessas em Israel! Não cometa essa loucura.
2 Sm 13,12: Davi saiu ao encontro deles e lhes disse: “Se vocês vieram em paz, para me ajudarem, estou pronto a recebê-los. Mas, se querem trair-me e entregar-me aos meus inimigos, sendo que as minhas mãos não cometeram violência, que o Deus de nossos antepassados veja isso e julgue vocês”.
1 Cr 12,17: apesar de não haver violência em minhas mãos e de ser pura a minha oração.
Is 59,6: Não se ouvirá mais falar de violência em sua terra, nem de ruína e destruição dentro de suas fronteiras. Os seus muros você chamará salvação, e as suas portas, louvor.
Ez 28,16: “Assim diz o Soberano, o Senhor: Vocês já foram longe demais, ó príncipes de Israel!
Abandonem a violência e a opressão e façam o que é justo e direito. Parem de apossar-se do que é do
meu povo. Palavra do Soberano, o Senhor.
Jl 3,19: Cubram-se de pano de saco, homens e animais. E todos clamem a Deus com todas as suas forças. Deixem os maus caminhos e a violência.
Mq 2,2: Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti: “Violência!” sem que tragas salvação?
Jo 14:27 Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.
Rm 8,6: A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;
Fl 4,6-7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em
Cristo Jesus.
02 – Magistério
Gaudium et spes (Cap. V)
Pacem in TerrisPaulo VI, João Paulo II e Bento XVI: mensagens para o Dia Mundial da Paz
Francisco: o gesto de oração e diálogo (Com Perez e Abbas)
AGIR
Dividido em 3 eixos: Pessoa e família; Comunidade e Sociedade
01 – Pessoa e família e a superação da violência
a – Conversão pessoal e familiar à cultura da não violência.
b – Cultura da empatia: não somos adversários, mas irmãos.
02 – Comunidade e a superação da violência
a – As conquistas e experiências da comunidade eclesial na superação da violência
b – As obras sociais da comunidade eclesial como caminho para a superação da violência.
c – Promoção eclesial de uma espiritualidade que desperte para superação da violência.
d – Ecumenismo e Diálogo inter-religioso como caminho de superação da intolerância religiosa.
03 – A sociedade e a superação da violência
a – As diversas iniciativas sociais como promotoras da cultura.
Fonte: https://portalkairos.org/resumo-do- texto-base- da-campanha- da-fraternidade-
2018/#ixzz4xmpF4Ula
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Cartaz Oficial da CF-2018

Um grupo de pessoas com as mãos dadas, de diferentes idades e etnias, representando a multiplicidade da sociedade brasileira é a mensagem exposta no cartaz da Campanha da Fraternidade 2018.
Especialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la.
No cartaz, segundo o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando da Silva, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos
indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica.
A escolha do Cartaz, de acordo com o padre Luís Fernando, foi feita com base em duas etapas. A primeira foi aberta a participação da população que pôde enviar sugestões
de arte por meio de um edital aberto ao público e a segunda passou pela avaliação do Conselho Permanente da CNBB. “A partir dessa escuta é que chegou a atual configuração do Cartaz”, sublinhou.
Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.  “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís.
Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos: “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”.
“O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís.
Fonte: https://portalkairos.org/campanha-da- fraternidade-2018/#ixzz4xmrHqIyf