Embora a programação tradicional tenha sido alterada, devido a exigência do distanciamento social, a 33ª Festa de N. Sra. dos Navegantes, organizada pela Rede de Comunidades São Lucas, conseguiu atingir seu objetivo nesse tempo de graça e súplica a Maria pela vida, pelo trabalho, fé e perseverança das comunidades e das famílias nas dificuldades nos mares da vida.
Com o tema "Confiando em Maria, navegaremos por mares mais tranquilos", segundo José Edi Colvara, coordenador da comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, no Bosque Silveira, a festa congregou toda a Rede de Comunidades São Lucas. O tríduo foi mantido: a cargo da Comunidade São Miguel, no dia 30/01; das Comunidades Sagrado Coração de Jesus e Santa Rita, no dia 31/01, e da Comunidade São José, no dia 01/02. Já Celebração Festiva, em 02/02, ficou a cargo da Comunidade São João, sob a presidência do Diácono Carlos Augusto.
Colvara lembrou com orgulho que a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes começou há 33 anos, em 1989. Ele conta que, naquele ano, a procissão marítima de Navegantes entre São José do Norte e Rio Grande foi inviabilizada pelo excesso de exigências por parte dos órgãos responsáveis pela segurança, motivado pelo então recente acidente com o barco Bateau Moche, no Rio de Janeiro. “Para manter as homenagens a Nossa Senhora dos Navegantes, um grupo de pescadores dos Bairros Bosque Silveira e São Miguel, num ato de rebeldia e fé, realizaram a procissão, dando origem à comunidade católica do Bosque Silveira”, relata.
Na programação tradicional, está incluída uma procissão marítima com os pescadores artesanais dos Bairros Bosque Silveira e São Miguel, o que ficou inviabilizado esse ano, respeitando as determinações governamentais de distanciamento social. A procissão marítima inicia-se no Bosque Silveira e percorre pelo bairro São Miguel até a altura do Shopping Praça, indo em direção à Ilha do Marinheiros até a ponte que a liga ao continente, retornando ao Bairro Bosque Silveira, onde tradicionalmente é servido um almoço com tainhas assadas.
Outro evento da programação tradicional que não ocorreu devido à pandemia foi a procissão luminosa, que inicia na Capela N. Sra. dos Navegantes, no Bairro Bosque Silveira, e percorre a rua Cristóvão Pereira em direção à Capela São Miguel, onde tem seu término. Mas, para Colvara, isso não afetou o fervor dos devotos que compreendem esse momento necessário de distanciamento. “Certamente, todos rezaram para que haja a superação dessa crise sanitária em todo o mundo e que possamos, em próximas festas, nos reunir novamente”, destacou o coordenador.
Pastoral da Comunicação Diocesana