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Instituições e entidades de Rio Grande fazem “Pacto pela Vida” para combate a fome. Diocese do Rio Grande participa do programa.
05/04/2021

O programa Pacto pela Vida foi lançado oficialmente no último dia 31. Com o slogan “A fome não espera”, a iniciativa solidária reúne várias instituições, entidades e empresas do município do Rio Grande, que assinam o pacto pela vida das muitas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade e miséria, consequência direta da pandemia que assola o mundo desde o ano passado.

 

É, portanto, uma ação conjunta de todas as forças vivas da cidade do Rio Grande, que se engajaram por um acordo de solidariedade. Todos estão conscientes de que não é possível ficar omisso nesse momento de desemprego e fome de grande parte da população. Dentro do programa, existirão vários pontos de coleta de alimentos pela cidade, os quais depois serão distribuídos para pessoas cadastradas pela assistência social da Prefeitura Municipal e entidades beneficentes, através da logística do Banco de Alimentos.

 

Para o prefeito municipal Fábio Branco, a crise está afetando o emprego em todo o país e também no município, com o aumento significativo no número de pessoas em situação de pobreza na cidade. Ele disse esperar que o momento de Páscoa coloque no coração de todos a importância de ajudar o próximo. Para Carlos Zanetti, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), representando, no evento, a sociedade civil organizada, esse é o momento da solidariedade “que não tem uma bandeira, pois é uma bandeira de todos”.

 

A ideia do Pacto pela Vida foi apresentada aos representantes das instituições e entidades pelo Bispo da Diocese do Rio Grande, Dom Ricardo Hoepers, inspirado pelos bons resultados do Programa “É tempo de cuidar”, lançado no início da pandemia, pela Diocese. Mas pela proporção da fome nos dias atuais, ele viu a necessidade de ampliar o engajamento e observou que essa campanha não deve ser de nenhuma instituição específica, de nenhuma igreja, de nenhum partido, mas de toda a sociedade rio-grandina.

 

“É por uma grande população carente e, nesse sentido, todo planejamento e execução do programa devem ser assumidos de maneira organizada”, salientou. O bispo teve o seu nome indicado para ser o coordenador da campanha pela primeira-dama Luciane Compiani Branco, tendo sido referendado por todas as entidades envolvidas. Para Dom Ricardo, esse é um grande momento, de todo mundo acreditando na vida, nas pessoas, no valor da vida humana. “A vida em primeiro lugar, pois ela é um grande dom que precisamos cuidar”, explicou o bispo.

 

Para Dom Ricardo, trata-se de uma situação de emergência diante dos números da miséria. No país, são 10 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Ele citou mensagem do Papa Francisco, para quem, “a fome não é só uma tragédia, mas, também, uma vergonha para a humanidade. Diante desta realidade, não podemos permanecer insensíveis ou paralisados. Somos todos responsáveis.”

 

A coleta começou no dia 1º de abril com o 1º Drive-Thru, chamado Partilha da Páscoa, em cinco pontos de coletas na cidade: 6º GAC, Escola São Luiz Gonzaga, Postos Bufon do Pórtico e do Parque Marinha e SAC (Sociedades Amigos do Cassino) e arrecadou mais de 1.300 Kg de alimentos. A preferência é por cinco alimentos fundamentais na mesa dos que mais necessitam, ou seja, feijão, arroz, farinha de trigo, massa e óleo. Nesta semana iniciam os pontos de coletas fixos, com totens solidários, espalhados por toda cidade, inclusive no Partage Shopping e Praça Rio Grande, parceiros no Pacto pela Vida.

 

Também há uma preocupação das lideranças engajadas para a implantação de um cadastro único, para melhor identificação das pessoas necessitadas e distribuição equitativa dos alimentos. Para Dom Ricardo, não pode haver o risco de deixar alguém que precisa sem nenhum tipo de auxílio. O bispo também convidou a todas as pessoas e empresas que queiram se engajar como voluntários no Pacto pela Vida de Rio Grande para entrarem em contato.


Pastoral da Comunicação Diocesana