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Mês de Agosto: apostolado unido em oração pelas vocações
30/07/2021

O mês de agosto se aproxima e é muito especial para todos os católicos, pois é um mês dedicado a todas as vocações, tanto a vida religiosa, a sacerdotal, a matrimonial e até mesmo a leiga. O Apostolado da Oração da Diocese do Rio Grande, agora conhecido como Rede Mundial de Oração do Papa, está fazendo um convite importante para o dia 06 de agosto, primeira sexta-feira do mês, que, na tradição da Igreja, é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.

 

A primeira sexta-feira é o dia em que o Apostolado da Oração, como rede mundial de oração do Papa, se une e se envolve com aquilo que o Papa pede para cada mês. Segundo o padre Marciano Pozzebon, diretor espiritual do Apostolado da Oração da Diocese da Rio Grande há seis meses, os membros do Apostolado vão aproveitar, juntamente com a Diocese, para intensificar as orações nesse mês vocacional. “Além de ter a missão de rezar pelas intenções do Santo Padre, o Papa, como rede mundial de oração do Papa, todos se voltarão, nesse dia, para rezar pelas vocações”, explicou.

 

Ele propõe que, em cada comunidade, os membros do Apostolado organizem junto de seu pároco, na primeira sexta-feira do mês de agosto, um momento de oração pelas vocações, seja um terço mariano, um momento de adoração, uma prece, uma oração destinada as vocações. “A intenção é voltar esse dia de oração para as vocações da nossa Diocese, para o nosso Bispo, os nossos padres, os nossos seminaristas e os vocacionados, enfim, para que surjam boas e santas vocações religiosas e sacerdotais aqui para a nossa Diocese”, destacou.

 

Natural do município de Carlos Barbosa e atuando na Paróquia São José, o padre Pozzebon, relativamente novo na vida sacerdotal, com apenas um ano e meio de ordenação, diz que uma das coisas mais importantes, que inspira uma vocação, é o testemunho e a presença do padre, na comunidade, nas visitas, nos trabalhos paroquiais. “A presença do padre próximo ao povo serve de inspiração para os que querem fazer esse caminho vocacional, descobrir a sua vocação”, afirmou. E citou seu próprio exemplo, pois foi inspirado por um padre amigo que, por meio da sua vida, do seu testemunho, lhe deu coragem para ingressar na vida sacerdotal. “Então é o testemunho que, nos dias atuais, vai despertando o jovem a conseguir discernir sobre a sua caminhada. Claro que também tendo o tripé da oração, que vai sustentando a nossa vida, o apoio dos familiares e a oração de toda uma comunidade”, descreveu refletindo sobre sua própria experiência.

 

Oração e Cultura Vocacional - No mundo atual, onde há uma redução considerável no despertar de novas vocações, o padre Pozzebon entende que, entre tantos fatores, um merece uma reflexão especial. Para ele, infelizmente, um que impede o jovem de largar tudo e seguir a Cristo é a família. “Porque, antigamente, na geração anterior, uma família tinha vários filhos e se um saísse para ir estudar no seminário, para a vida religiosa, não era ruim, porque um ia e ficavam os outros. Mas hoje em dia, as famílias são menores, com um ou dois filhos. E o projeto dos pais, ao nascer aquela criança, já está definido. O meu filho vai ser isto, ser aquilo, seguir o que pai faz ou o que a mãe faz, e prende o próprio filho a eles”, explicou.

 

Para o padre, devido a esse apego, o jovem fica muito imaturo, em largar a família e ir para o seminário. É claro, na sua opinião, que nos tempos em que vivemos, ainda existem famílias que apoiam o seu filho, mas outras são muito apegadas e prendem o próprio filho e não os deixam seguir em busca da sua vocação. “E é por isso, infelizmente, que existem muitas vocações frustradas, de jovens que gostariam de ir, mas a família não deixa e, portanto, estão infelizes”, alertou.

 

Segundo reflexão do Papa Francisco, “as vocações nascem na oração e da oração. E só na oração podem perseverar e dar fruto”. O padre Pozzebon concorda, dizendo que a oração é essencial para que haja na comunidade, na paróquia, um despertar vocacional. “Uma comunidade que reza pelas vocações é uma comunidade onde sempre existirão jovens dispostos a seguir o seu caminho vocacional”. Para ele, os católicos devem, todos os dias, rezar cada vez mais para que surjam boas e santas vocações para a vida religiosa e sacerdotal. “Precisamos muito de sacerdotes, de pastores que ajudem a guiar as suas ovelhinhas. Pela oração, vai despertando e iluminando o caminhar do jovem”, comentou.

 

Mas para o padre, também é necessário que, em cada comunidade, haja a prática de uma cultura vocacional, que é falar sobre vocação, rezar pelas vocações e convidar os jovens a terem essa experiência. “Porque muitos jovens se sentem chamados, mas têm medo de seguir. Eles precisam que alguém vá lá e os chame para participarem e fazerem essa experiência”, resumiu. Se, antigamente, o jovem ia até o padre em busca desse caminho vocacional, para ele, hoje, é o padre que deve ir ao encontro desses jovens e convidá-los para fazer realmente esse processo vocacional, discernindo qual é a sua vocação.

 

No mês de agosto, cada domingo é dedicado a uma vocação especial: a vida sacerdotal, a vida diaconal dos nossos queridos diáconos, a vida religiosa, que são os irmãos e irmãs que se entregam totalmente a Deus. “Aqui em Rio Grande, temos o Carmelo, que é uma vida enclausurada, de total despojamento de si mesmo, para viver uma vida intensa de oração”, lembrou o padre. Sem esquecer das vocações à vida matrimonial, dos casais que se unem para formar uma família. E não menos importante, as vocações leigas, que são os nossos leigos, sempre dispostos a ajudar em suas comunidades, nas paróquias, nas mais diferentes funções.