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A Missa de Abertura do Ano Letivo 2022, organizada pela Pastoral de Educação Diocesana, no dia 18 de fevereiro, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, trouxe para reflexão o lema da Campanha da Fraternidade desse ano, isto é, “Fraternidade e Educação - Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,16). Conforme Diego Martins, coordenador da Pastoral, para tanto a celebração invocou pensar nas relações humanas, frente à educação, dentro dessa proposta de construção da paz e do bem, voltada à comunidade escolar. “Precisamos pedir a Deus perseverança, senso de compromisso, responsabilidade e fraternidade, além de outros valores necessários na caminhada docente”, justificou.

Na sua pregação durante a Missa de Abertura, o pároco da Catedral de São Pedro, Padre Gil Raul Pereira Junior, destacou que a Campanha da Fraternidade desse ano trata a educação como algo muito desafiador, refletindo sobre o papel decisivo dos educadores na formação de nossas crianças. “Há um caminhar das crianças nesse local de educação onde vão aprender a ser gente, pois, na escola, se aprende a conviver e respeitar o espaço do outro na coletividade”, explicou. Segundo o Padre Gil, toda experiência educativa começa nos sentidos (ouvido e visão), mas tem que ser algo que alcance a reflexão (mente) e também o coração, criando uma fonte de valores.

Ele destacou ainda que São Thiago (Tg 2,14-24.26) diz exatamente isso, ou seja, que a fé sem prática, se não mudar nossas atitudes, não resolve. “Da mesma forma, a educação precisa nos levar a uma prática transformadora. Precisamos aprender a viver a cultura da solidariedade e do amor ao próximo. Os valores aprendidos na escola vão dar sentido à nossa existência, à nossa felicidade. Que nossas escolas sejam sementeiras de pessoas que vivam o amor, o “nós” e a alegria do Evangelho”, invocou o pároco.

Como a missa ocorreu no segundo dia do Tríduo em honra aos pastorzinhos de Fátima, Padre Gil lembrou que, na história das aparições, Maria atuou como educadora, pois “com sabedoria e amor” aos pastorzinhos, alunos fantásticos, ensinando a rezar o terço, a fazer pequenas penitências pela conversão dos pecadores, Maria alertava para a paz que o mundo tanto precisava naquele momento. “Que os professores de hoje peçam muito a intercessão de Nossa Senhora para que Ela os ensine a serem educadores como Ela foi em Fátima”, finalizou em sua pregação. Durante o ofertório, foram arrecadados materiais escolares, para fazer o primeiro gesto concreto da CF, que é a doação desses materiais para crianças carentes.

A Campanha de Fraternidade 2022  começa no dia 2 de março, Quarta-Feira de Cinzas, mas o lançamento oficial em Rio Grande será no dia 03 de março, às 19h30min, no Centro de Pastoral Diocesano e transmitido via You Tube, pela rede do Colégio Marista São Francisco. Conforme explicou o coordenador da Pastoral de Educação, neste ano, o objetivo principal da campanha é “promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”. Para tanto, as instituições católicas de ensino se juntam à Campanha, promovendo ações sociais e pedagógicas com base no tema do ano.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Texto-Base da Campanha da Fraternidade (CF) 2022, convida a todos “a ver a realidade da educação em diversos âmbitos, iluminá-la com a Palavra de Deus, encontrando e redescobrindo meios eficazes que favoreçam processos mais adequados e criativos a fim de que ninguém seja excluído de um caminho educativo integral que humanize, promova a vida e estabeleça relações de proximidade, justiça e paz”. Esta é a terceira vez que a Igreja no Brasil vai aprofundar o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. E desta vez, a reflexão será impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco.

O coordenador da Pastoral de Educação Diocesana reflete que, para atingir tão importantes objetivos, precisamos rezar muito para que todos os professores sejam tocados pelo Espírito Santo e modelados pelo amor de Deus que transforma os nossos corações. Sem esquecer as instituições de ensino, que se fazem presentes em nossa Diocese, propondo espaços de construção de conhecimento e de aprendizagem. E principalmente pelos educandos, para que sejam cada vez mais inspirados por seus mestres a seguir os ensinamentos dados, sendo reconhecidos como um forte sinal de esperança.

Jornalista Lucilene Zafalon