Para Dom Ricardo, a realidade atual é séria e exige de todos o enfrentamento corajoso em busca de soluções para a superação da fome. Dessa forma, convida a todos para participarem desse evento de abertura para que se possa buscar juntos soluções a esse grande desafio. A Campanha da Fraternidade 2023 propõe despertar o espírito de caridade e de compromisso que deve estar presente em todos, incentivando as comunidades a assumirem suas responsabilidades ante a situação da fome que persiste no Brasil, a exemplo do Mestre Jesus.
Para o Bispo diocesano, não é possível olhar com naturalidade para a situação de fome em um país que é líder mundial na produção de alimentos. “Numa perspectiva cristã, alerta, é preciso destacar que não existe fé sem obras, sob pena de cairmos em um vazio ideológico”. E nesse sentido, propõe que é preciso se compadecer daquele irmão faminto e mostrar toda a nossa solidariedade. Dom Ricardo lembra que até houve um grande engajamento nesse sentido durante os dois anos de pandemia do Coronavírus, mas a fome não acabou, ainda precisa ser enfrentada. “Não podemos olhar para essa situação com indiferença. Há uma urgência para a solução dessa problemática”, frisa.
A Campanha da Fraternidade foi inserida, a partir da década de 70, no período da Quaresma como uma mediação prática para a vivência e o aprofundamento da fraternidade. E neste ano o objetivo geral da Campanha é sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo. E entre vários objetivos específicos, se destaca a necessidade de investir esforços concretos em iniciativas individuais, comunitárias e sociais que levem à superação da miséria e da fome no Brasil, mobilizando a sociedade para que haja uma sólida política de alimentação no país, garantindo que todos tenham vida.
Para Dom Ricardo, certamente essa é também uma forma prática de viver com intensidade o tempo quaresmal, tempo de mudança e de conversão. Uma proposta de reflexão e ação, para que as pessoas não fiquem apenas centradas no seu individualismo, mas percebam que ainda há muito o que fazer para ajudar o nosso próximo, como foi a mensagem de Jesus.
Lucilene Zafalon
Jornalista Pascom RG