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Diácono Edenilson Teixeira: uma missão que se realiza na simplicidade
21/07/2024
No último dia 15 de junho, aconteceu a Ordenação Diaconal do Seminarista Edenilson Gomes Teixeira, na Paróquia Sagrada Família do Cassino. A Diocese do Rio Grande  foi  abençoada  por  mais  esta  Ordenação  Diaconal, celebrada  pelo Bispo Emérito Dom José Mário Stroeher. O diaconato  é  o  primeiro grau do Sacramento da Ordem, na qual constam três graus: diaconato, presbiterado e episcopado.


Em um momento de poucas vocações, é preciso acolher com louvor a Deus, o mais novo Diácono da Diocese, bendizendo por  sua   vida,  família  e  toda  sua dedicação ao Reino de Deus. O sim de Edenilson Teixeira significa um coração com muito ardor missionário, o que já é motivo de júbilo. Mas, além disso, atender ao chamado de Deus, com todas as dificuldades que isso implica, buscando respostas e calma na generosidade divina, é uma bela predisposição de quem quer servir e viver sua fé.


 Com o lema "Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça" (Jo 15, 16),  o recém Diácono Edenilson Teixeira, natural de Rio Grande, deu mais um passo importante  na  sua  caminhada  para  o  sacerdócio. Um caminho natural, segundo ele, pois, desde muito cedo, quis ser padre. “O que me despertou a vocação foi algo no  modo  de  ser  dos  freis  franciscanos,  de atender as pessoas, de celebrar. Isso me encantava”, revelou.


Nesse caminho de descobertas até o ingresso no seminário para o processo vocacional rumo ao sacerdócio, Teixeira   participou   de  encontros vocacionais por volta dos 15 anos, convidado pelo Padre Raphael Colvara Pinto que, na época, era seminarista e promotor da Diocese. “Minha mãe falou com o então seminarista Raphael que eu queria ser padre”, recordou. Não foi uma caminhada fácil, pois sempre   surgem   muitas   dúvidas,  tendo  ele, por isso, saído do seminário duas vezes. “Mas, mesmo quando estive fora, eu participava da minha Comunidade São Miguel. E ainda   sentia  que  Deus me  chamava a ser padre. Acredito que a certeza da vocação me fez voltar e enfrentar as dificuldades, assim como o auxílio do diretor espiritual e dos amigos seminaristas”, refletiu.


Seguindo  a   missão -  Para Edenilson Teixeira,  a  importância  da  sua  missão  deve  ser  compreendida   como  algo que se dá e se realiza   na simplicidade, no cotidiano, buscando cada dia dar testemunho da pessoa de Jesus Cristo. “Seja atendendo as pessoas, seja buscando ser acolhedor, ouvindo suas alegrias e tristezas e buscar estar junto”. Assim   também   como   era   nos   tempos apostólicos (At 6,1-6), quando eram instituídos homens   de  testemunho cristão, pela imposição das mãos, para contribuírem na missão evangelizadora da Igreja. Como diácono transitório, ou seja, aquele   que   recebe o sacramento da ordem no
grau do diaconato para depois receber o segundo grau e tornar-se presbítero (padre), conforme o costume da Igreja, Teixeira aguarda  a  posse   do   novo bispo eleito para a Diocese do Rio Grande, Dom Jorge Pierozan, para o agendamento da sua ordenação sacerdotal. No diaconato, porém,  Teixeira   se   tornou clérigo, que passa a pertencer ao clero diocesano. Nesse sentido, recebeu uma tarefa desafiadora, como Administrador Paroquial e responsável pelo trabalho pastoral na Paróquia São Judas Tadeu, junto com o Padre Waldemar José Amaral, que recentemente tomou posse como vigário daquela paróquia.


Na sua opinião, os principais desafios em ser padre, nos dias atuais, é anunciar e viver a fé em Jesus Cristo num mundo cada vez mais secularizado, onde tudo é
relativizado. Como se pode esperar, muitos obstáculos sempre aparecem na missão, o que o novo diácono pretende enfrentar,   buscando   refúgio  na oração, no auxílio e participação dos fiéis. Da sua vivência até agora, Edenilson Teixeira considera importante dizer aos jovens que ficam   em   dúvida diante desta vocação, que, sim, vale a pena seguir o chamado de Deus, “pois é somente buscando realizar e viver a nossa vocação que seremos felizes”.


Lucilene Zafalon
Jornalista Pascom
Diocese do Rio Grande



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